Vi aquele menino andando sozinho pela rua. Era tão pequeno. A tarde chegava ao fim, deduzi que só poderia estar perdido. Me preocupei.
Me aproximei com cuidado para não assustá-lo…
Elogiei sua blusa, contei uma piada boba. Ele respondeu com um sorriso.
Perguntei, meio despretensiosamente, para saber como ajudar sem deixar ele preocupado:
– Você não sente medo de ficar sozinho na rua a noite? Eu tenho…
Ele sorriu de novo, levantou a mão direita como se segurasse uma bexiga imaginária e respondeu.
– Tenho medo de ficar sozinho, sim! Ainda bem que minha mamãe sempre está comigo…
Depois saiu calmamente, de mãos dadas com “sua mãe”.