E de repente 2020 chegou… o ano em que a Terra “quase” parou!

Publicado por em 23 maio 21. Reflexões, Textos
Tempo estimado para leitura: 8 minutos

Primeiro de janeiro de 2020, eis que começa um novo ano e com ele novas esperanças, um desejo de deixar tudo de ruim do ano anterior (e que ano horrível foi 2019, mas isso daria uma outra história) para trás.

Muita festa, muita alegria, muitas famílias reunidas, muitas saudações de “Feliz Ano Novo” e “Feliz 2020”, resumindo, muitas vibrações boas no mundo todo. Mas mal sabíamos que uma ameaça invisível aos olhos nus faria o Planeta Terra “quase” parar. Isso mesmo, algo que nos obrigaria a ficar trancados e “protegidos” em nossos lares. Todos presos, isolados e afastados, por um bem maior.

Lembro-me nitidamente dos nossos últimos passeios. Um carnaval bem animado na igreja, com todas as turminhas da catequese. O último dia em que visitei minha querida avó. A primeira e última Feira Solidária em que participamos e também conhecemos muitas pessoas novas. O último encontro de amigos e o último almoço em família, onde saboreei pela última vez a comidinha deliciosa da minha mãe.

(Mas calma, isso tudo não foi o fim… tenho esperanças de poder fazer tudo de novo em breve! Vamos enxugar as lágrimas e continuar a leitura rsrsrs)

Continuando…

Aqui no Brasil tudo começou em meados de março de 2020. Um corre-corre nos supermercados, “todos” querendo abastecer as despensas, com medo de passar fome durante o isolamento. Mas muitos que não tinham nem o pão do dia continuaram passando fome, infelizmente uma realidade cruel, a desigualdade financeira.

E essa tal desigualdade se tornou mais gritante. Muitas pequenas e até grandes empresas vieram à falência e o desemprego aumentou. E para não passar fome muitas famílias precisaram se reinventar. A tecnologia foi uma grande aliada e a solidariedade também brotou e floresceu por todo o mundo, pois de tudo Deus tira um bem maior.

A busca por uma explicação científica para todo esse caos começou, ou melhor, continuou. Muitos médicos, cientistas, estudiosos e tantos outros arregaçaram as mangas e se debruçaram em estudos para descobrir tudo sobre esse vírus, essa tal ameaça invisível.

Sabíamos apenas que ele se propagava por gotículas de pessoas infectadas, logo o mais sensato seria isolá-las e dar andamento ao tratamento. Mas também precisávamos de cuidados na prevenção para que o vírus não se espalhasse, em algumas culturas funcionou muito bem, mas infelizmente no Brasil não funcionou tão bem assim.

O brasileiro costuma ser um povo muito festeiro e caloroso, avesso às regras e imposições vindas das autoridades. Logo as restrições de isolamento não foram bem aceitas, a máscara também não agradou muito e o álcool gel foi um pouco melhor recebido, tanto que era quase impossível achá-lo disponível para compra e os preços subiram drasticamente.

Muitas famílias começaram a seguir as regras, achando que logo logo tudo voltaria ao normal (me incluo nesse caso). Muitos trabalhadores tiveram suas férias e licenças adiantadas, as escolas e alguns “serviços não essenciais” também pararam por um tempo.

Mas os “anjos” da área da saúde, segurança pública e demais serviços essenciais não pararam nem um minuto, ao contrário, tiveram sua demanda multiplicada.

Confesso que aqui em casa estávamos bem tranquilos. Com a despensa cheia, crianças em casa e marido de férias do trabalho. No começo foi tudo diversão, me sentia no filme “A vida é bela” (se nunca assistiu, assista, super recomendo… e prepare os lencinhos de papel).

Todos os dias inventávamos uma programação diferente. Assistir vários filmes, experimentar receitas novas, jogos em família, aniversários por vídeo chamada… foi tudo muito diferente e até certo ponto divertido.

Mas o tempo foi passando… bem depressa chegou o mês de maio e a pandemia continuava… As atividades foram voltando aos poucos de forma remota ou híbrida (um pouco presencial e um pouco virtual). Todos aprendendo tecnologia com tecnologia (créditos da frase para o Rodrigo, o cara da Informática e meu grande amor).

E falando em tecnologia, essa tem sido a salvação em muitos casos. Até hoje as chamadas de vídeo e reuniões online têm sido frequentes. As crianças não sofreram muito com as novidades tecnológicas, pois já nasceram praticamente dentro dos computadores, já para os adultos não foi nada fácil. Mas o ser humano é um ser adaptável e assim estamos sobrevivendo há milhões de anos.

E aquilo que parecia ser apenas uma “gripezinha” comum foi piorando cada vez mais. Muitos entes queridos morrendo, velórios com caixão lacrado e enterros rápidos, sem muito tempo para uma despedida digna.

O medo de sair de casa, ter contato com outras pessoas foi crescendo e então nossas portas se fecharam, sem data definida para reabrir. Mas nossos corações continuaram abertos, atentos a vontade do Pai. Muitas vezes nos perguntávamos: — Até quando, Senhor? Será que já não sofremos o suficiente? Mas ninguém tem essa resposta…

E de repente 2020 passou…

Hoje estamos em maio de 2021. Pois é, mais de um ano já se passou desde o início da pandemia do Covid19 e ainda não vejo a LUZ no fim do túnel. Vejo médicos e enfermeiros cansados de cuidar de tantos doentes. Vejo milhares de mortes todos os dias. Vejo pessoas bem preocupadas com o próximo e outras nem tanto.

E ainda me pergunto: — Até quando, Senhor? Será que falta muito para aprendermos a lição? Quantos mais precisam ser mártires dessa doença traiçoeira?

Bem, se você conseguiu acompanhar a leitura até aqui, muito obrigada!

Saiba que sou uma jovem mãe (acho que deveria ter me apresentado no começo… rsrsrs) com duas pré adolescentes e um marido, convivendo, 24 horas por dia, juntinhos. Às vezes nos dividimos nos cômodos da casa, um trabalha num quarto, outro estuda no outro quarto, outro fica na sala assistindo ou jogando videogame e eu na maioria das vezes estou na cozinha (meu cômodo favorito… rsrs), isso quando não estou caminhando pela casa, limpando ou verificando se todos estão bem.

E assim vamos seguindo até quando Deus permitir. Não sei até quando. Ninguém sabe. Espero que com a vacinação em andamento possamos o quanto antes voltar ao normal, mas não igual como éramos antes da pandemia, e sim melhores. Melhores seres humanos, mais pacientes, com mais empatia e verdadeiros cristãos.

Pois os vírus está aí. Aí mesmo aonde não o vemos. Infelizmente os casos vêm aumentando e as mortes também. Então continuemos firmes. Apegados Naquele que tudo pode e tudo sabe. Afinal estamos aqui nesse mundo apenas de passagem. Mas que seja uma passagem significativa. Que na nossa partida fiquem apenas as boas lembranças dos bons momentos.

Um fraterno abraço para você e até a próxima!😊

4 Comentários

  1. É muito bom poder contar com seus textos aqui!
    Parabéns e sucesso 👏

    Por Rodrigo Santos em 23 de maio de 2021 às 17:39
  2. Obrigada pelo incentivo! Sucesso pra nós 😊 Te amo!

    Por Juliana Conceição em 28 de maio de 2021 às 18:48
  3. Amei seu texto!
    Foi uma viagem no tempo a cada parágrafo, pensei nas mortes de pessoas queridas que foram especiais aqui na terra, a parte econômica do país o nossos enfermeiros guerreiros que lutam e a lembrança de ter estado com covid-19 com toda família, mas ter sobrevivido, o melhor parte que é acreditar sempre com fé e esperança de que tudo dará certo, e que estamos aqui contando e vivendo,tudo!
    Até os próximos capítulos, 2021.
    Parabéns Jü!!!

    Por Maria Solange da Sil em 25 de maio de 2021 às 23:02
  4. Muito obrigada pelo carinho! 😘

    Por Juliana Conceição em 28 de maio de 2021 às 18:54

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