Riso de desespero

Publicado por em 02 maio 23. Folclore, Prosas e Contos
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Julia acordou no meio da noite com uma sensação estranha. Ela sentia algo pesado pressionando seu peito e roçando sua pele. Ela abriu os olhos lentamente e viu a figura fantasmagórica de uma mulher pálida de longos cabelos negros sentada sobre ela, a olhando com um olhar vazio e ameaçador.

Julia não sabia se o que estava vendo era real ou era um sonho. Tentou gritar, mas não conseguiu emitir nenhum som. A figura então começou a falar, em uma voz rouca e assustadora. Ela disse que havia vindo punir Julia pelos seus pecados e que agora ela estava sob seu controle.

A aparição se virou lentamente e começou a fazer cócegas nos pés de Julia, ela tentou se debater, mas não conseguia se mover, como se algo estivesse prendendo seus braços e pernas. Aos poucos a cócega aumentou, e Julia começou a se contorcer, tentando se livrar daquela sensação desconfortável. O desconforto se tornou tão intenso que Julia sentiu como se estivesse perdendo o controle de seu próprio corpo. Ela ria sem parar, sentindo-se impotente diante da figura sinistra que a dominava.

A figura continuou subindo por suas pernas, fazendo cócegas em suas coxas, em sua barriga e em seus braços, ao mesmo tempo em que lhe dava socos e beliscões. A sensação era desesperadora, e ela não conseguia controlar suas risadas e gritos de dor e sentia que mal podia respirar.

De repente, a figura pulou sobre ela, pressionando seu peito com o peso de seu corpo. Julia sentiu uma sensação de sufocamento e medo, e tentou se debater, mas a aparição era forte demais. A criatura então começou a dar chutes e pisotear seu estômago, um após o outro, cada vez com mais força.

Julia sentiu como se estivesse sendo esmagada, como se seu estômago fosse explodir em pedaços. Ela tentou lutar, mas estava fraca e exausta. O ser fantasmagórico continuou a espancá-la impiedosamente.

Julia sentia como se estivesse lutando contra um demônio, um ser que não era deste mundo. Ela tentou se concentrar em algo positivo, pensar que tudo aquilo não passava de um sonho e não era real, mas tudo o que conseguia pensar era em seu medo e terror, na sensação de impotência diante daquele monstro.

Finalmente, depois de horas de tortura, Julia desmaiou. Quando acordou, o sol já estava raiando. Ela sentiu uma sensação de alívio ao perceber que a Pisadeira não estava mais sobre ela, mas também sentiu uma tristeza profunda, se perguntando se algum dia poderia dormir novamente sem temer pela sua própria vida.

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